segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cultura Livre

Quando perguntamos a um estudante da Uerj sobre as funções básicas de nossa Universidade, logo temos a seguinte resposta: ensino, pesquisa e extensão. De acordo com o preceito constitucional, inclusive, assim dispondo o artigo 207 da Constituição Brasileira: "As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gesto financeira e patrimonial e obedecendo ao princípio da indissociabilidade entre ensino,pesquisa e extensão". Daí que falar de cultura é falar um pouco melhor sobre extensão.

A extensão universitária é uma forma de interação que deve existir entre a universidade e a comunidade na qual está inserida, uma espécie de ponte permanente entre a universidade e os diversos setores da sociedade civil. Funciona como uma via de duas mãos, em que a Universidade leva conhecimentos e/ou assistência à comunidade, e é influenciada por esta. Ocorre, na realidade, uma troca de conhecimentos. Assim, a universidade não tem como esquecer seus preceitos básicos (para quem e para que), visto que, a interface entre interno/externo garante a permanência do diálogo.

Então, em qual contexto de extensão a Uerj se insere? Vivemos imersos numa realidade urbana, em profundo contato espacial com históricas áreas como a Mangueira e Vila Isabel, mas tal contato, muitas vezes, não passa da simples coexistência no espaço, deixando a extensão comprometida em seu caráter total. O mesmo poderíamos dizer (genericamente) sobre os outros campi, tendo em vista, inclusive, que estamos presentes em outras cidades do estado do Rio de Janeiro.


A conjuntura já marca, de antemão, o quanto ambos poderíamos ser beneficiados dada a riqueza implícita em cada um. De um lado a Uerj, uma universidade plural e de viés mais democrático e do outro, pessoas, realidades e expressões materiais e imateriais de Cultura das mais diversas. Parece a receita perfeita para um projeto integrador e emancipador, não?

No bojo da democratização da cultura, o programa Cultura Viva apóia projetos que registrem, resgatem ou preservem manifestações da cultura brasileira, formando o que hoje é conhecido por Pontos de Cultura. O objetivo dos pontos é que se constituam numa rede orgânica, cuja intenção é criar um espaço de sustentabilidade, que permita a formação de um panorama amplo, democrático e constantemente atualizado da cultura brasileira, a todos os interessados.
Além disso, os Pontos formam uma rede horizontal de articulação, recepção e disseminação de iniciativas e vontades criadoras. Funcionam como madiadores na relação entre Estado e sociedade civil, e dentro da rede, os Pontos agregam agentes culturais que articulam e impulsionam um conjunto de ações em suas comunidades.


O Ponto de Cultura deve ser autônomo, empoderador e protagonista da sua realidade. Deve ser atuante e aglutinador. As entidades conveniadas compõem uma rede que preserva essas
características e eleva a cultura popular ao espaço que lhe é de direito; desesconde o Brasil; abre as comportas da represa que tenta conter nossa diversidade cultural. Essa ação governamental não pretende ensinar, formatar e nem refazer: simplesmente contempla iniciativas culturais que têm a capacidade de agregar outros atores sociais, envolver sua comunidade, dividir toda a experiência e o conhecimento acumulado.

Ainda não sabemos se é possível registrar uma universidade como espaço oficialmente reconhecido como Ponto de Cultura. Porém, a idéia preliminar é fortalecer as pontes de diálogo com a comunidade externa, oferecendo, inclusive, nossa estrutura e conhecimentos. É dar um passo decisivo para o comprometimento da universidade e do corpo discente com uma prática real e verdadeira de extensão.


Só para citar um exemplo: o Ponto de Cultura: Artes da Mangueira, espaço que fica do outro lado da linha do trem e cumpre todos os requisitos listados para ser considerada um Pontão. Ligada ao samba, à Mangueira e às mais diversas formas de sociabilidade artística da localidade, ainda estamos distante de um lugar tão próximo.
Essa é uma das mais variadas possibilidades dentro do universo da extensão. Por isso é fundamental o Centro Acadêmico marcar presença como mais um dos agentes intermediadores dessa obrigação e necessidade chamada: extensão. Daí ser mais um dos espaços reivindicados por nós, Novos Caianos! A capacidade de articular interno/externo também é dos estudantes, também é tarefa de Tod@.

Jornal

domingo, 19 de junho de 2011

Sou quem sou, porque somos tod@s nós!

Lutar para defender um ensino público e de qualidade continua fazendo parte das nossas vidas. Como ninguém muda nada sozinho, para isso Centros Acadêmicos e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) foram criados: para ser uma ferramenta dos estudantes na construção de uma universidade melhor, sempre.

O CAIA é um espaço destinado a alunos e ex-alunos do Instituto de Artes da UERJ com o intuito de estimular o debate de idéias e contribuir para a construção de uma consciência crítica entre os estudantes; promovendo assim a integração entre os acadêmicos de Artes da UERJ e de outras instituições de ensino. É a entidade que representa os estudantes no mundo da democracia.
Um Centro Acadêmico organizado, crítico e participativo contribui para a melhoria da qualidade do curso e, consequentemente, da Universidade. No entanto, isso só pode ser alcançado com participação, responsabilidade e organização.

Vamos construir juntos?
Mais importante do que qualquer desejo ou ideal que um estudante tenha, são as vontades e expectativas de um estudante com o coletivo para vivenciá-lo. É com esse pensamento que devemos estimular a participação de tod@s na construção do movimento.

Organização

A estrutura principal do grupo é composta por 7 células principais. São elas:

Arte e Política > O presente ensaio analisa a reciprocidade dialética entre duas totalidades, relativamente autônomas entre si e com o todo social, que são a arte e a política. Analisaremos os planos da recepção, da produção e do seu entrelaçamento entre semântica e sensorialidade e sua possibilidade de propiciar e ou se tornar acontecimentos de caráter político, e como estas podem se entrelaçar com a atividade crítica ou judicativa de vocação política. Prezando pela singularidade que o processo artístico tem na crítica e a problematização das questões sociais.

(Ailton Berberick, Aline Oliveira, Camila Carrello, Daniel Monfa, Giovanna Cioci)


Comunicação > Buscar a participação de grupos, entidades, movimentos que estejam engajadas nas propostas de mídia alternativa, independente, comunitária, popular, sindical, entre outras. Atento às novas propostas de comunicação, o GT também deve procurar parcerias com o software livre, as artes visuais, a publicidade, o cinema, e outros movimentos que trabalhem com o conceito de conhecimento livre. A comunicação não pode ser pensada de um ponto de vista tradicional, mas sim, como uma política de comunicação integrada as demais comissões, instâncias e em consonância com conjunto de propostas do CAIA, Responsável pelo futuro ambiente virtual, redes sociais, blog, publicações, emails e mural.

(Camila Lima, Daniel Monfa, Rodrigo Ferreira, Rodrigo Torres, Vitor Paladini)


Cultura > Estimular a Identidade e Diversidade Cultural, organizando e promovendo atividades culturais do CAIA UERJ destinadas à integração da comunidade da Uerj, sendo um espaço de encontro e articulação para estudantes, coletivos, artistas e movimentos culturais que procuram aprofundar suas reflexões e definir caminhos para a transformação social.

(Bruna Moraes, Bruna Neubhaher, Camila Carrello, Laíz Gomes, Larissa Duarte, Thábata Castro, Vanessa Junqueira)


Infraestrutura > Responsável pela organização da sala do Centro Acadêmico. Em caso de eventos do CAIA, entra em contato com a Prefeitura do Campus ou com a secretaria do iART para solicitar espaço. Também estabelece contato com a setores da prefeitura do campus caso haja necessidade de algum reparo em alguma dependência do iART.

(Beatrice Volgari, Bruna Rossi, Mariana Lima, Nabylla de Castro, Natália Regina, Nina Maia, Rodrigo Torres)


Mobilização Estudantil > Responsável por estabelecer o diálogo entre tod@s estudantes do iART. Formula iniciativas para a participação dos alunos nas atividades, assim como recebe e promove o debate de novas idéias para o iART.

(Bruna Rossi, Iasmim Caballero, Janine Magalhães, Juliana Augusto, Mariana Lima, Olivia Luna, Rodrigo Torres, Vanessa Junqueira)


Relações Institucionais > Dialogar com Centros e Diretórios Acadêmicos de Comunicação de outras instituições, executivas de curso e entidades estudantis (UNE), assim como aproximar e estabelecer com sindicatos e organizações que tenham em seus debates questões referentes a Arte e a UERJ. E estabelecer diálogo também com a secretaria e a direção do Instituto de Artes, e componentes organizacionais da Reitoria e Sub-Reitorias (SR-1, SR-2 e SR-3) e demais departamentos da UERJ.

(Daniel Monfa, Hayssa Tostes, Iasmim Caballero, Laíz Gomes, Natália Regina, Nabylla de Castro)


Tensões e Tesões > No mundo contemporâneo o livre exercício do tesão ainda libera altos níveis de tensões. Nesse sentido, propor reflexões e definir caminhos para a transformação social. É preciso reconhecer a força política das identidades sociais e culturais (questões de gênero, raça, marchas, religiões) e seu poder organizador de lutas setoriais articuladas frente aos adversários comuns. Isto significa reafirmar a utopia de criar “sociedades plurais” baseadas, simultaneamente, na diversidade (cultural) e na luta contra a desigualdade (social e econômica)., seja promovendo, organizando eventos sobre opressões, ações afirmativas, e ou atuando junto aos movimentos sociais, fazendo uma relação da sociedade com a universidade.

(Ailton Berberick, Bruno Dias, Camila Carrello, Felipe Farias, Giovana Cioci, Pedro Henrique Borges, Thábata Castro, Yasmim Barbosa)


Essa divisão facilita a distribuição de tarefas e trabalho dos Gestores do CA.

Propostas

Além da defesa dos interesses e direitos dos alunos frente ao descumprimento do Regimento da Unidade por parte de professores e/ou servidores, vamos juntos organizar: semanas acadêmicas e viagens culturais, a construção de um cineclube, Fortalecer a relação com estudantes e Centros Acadêmicos de artes de outras universidades, possibilitando até mesmo a volta do Encontro Regional de Artes. E ainda um calendário acadêmico de workshops e palestras ao longo do ano.

Queremos continuar com as atividades de interação dos alunos do IART através do “Caia de Portas Abertas” e do “Churrasco Marginal”, realizados quinzenalmente; iniciar projetos culturais em conjunto com outras Graduações; defender a continuidade da implementação de Ações Afirmativas, assim como os direitos dos alunos ingressos através do programa cotas, promovendo ações esclarecendo políticas de ação afirmativas.

Assim como a luta pela resolução de outras questões mais urgentes: a reforma do ateliê, a instalação de uma rede WiFi no IART, garantir um espaço físico para a organização financeira do CA e organização do jornal “O Conceito”.